A Operação Faroeste que deflagrou busca e apreensão contra o secretário de Segurança Pública da Bahia, recebe apoio de associação dos Delegados de Polícia da Bahia (ADPEB)

Após a deflagração da operação policial denominada “Faroeste”, visando desarticular grupo criminoso enraizado no Tribunal de Justiça da Bahia(TJBA) e na Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado, os delegados da Bahia parabenizam a atuação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Ministério Público Federal (MPF) e da Policia Federal pela condução de todo o trabalho investigativo que acabou por descortinar facção criminosa instalada no seio de instituições destinadas à defesa da sociedade.

Em nota em site da Associação dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia (ADPEB), delegados afirmam que o ex-secretário Mauricio Teles Barbosa “montou o maior esquema de controle de dados sigilosos do Brasil para benefício próprio e do grupo político e empresarial que representa, não medindo esforços para afastar e transferir neste intento, delegados que não concordavam com suas práticas na empreitada criminosa”.

Um dos alvos das 6ª e 7ª fases da Operação Faroeste, deflagradas no último dia 14, foi o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa. Ao todo, foram cumpridos 36 mandados de busca e apreensão nas cidades baianas de Salvador, Barreiras, Catu, Uibaí e em Brasília (DF). De acordo com a investigação, o esquema de venda de sentenças por juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) contou a participação de membros de outros poderes, que operavam a ‘blindagem institucional’ dos ilícitos.

A ofensiva foi aberta por ordem do ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, que decretou a prisão temporária de duas desembargadoras do TJ-BA e a preventiva do operador de um juiz. Pela decisão do STJ, Maurício Barbosa ficará afastado por um ano do cargo.

As desembargadoras presas são Lígia Maria Ramos Cunha Lima e Ilona Márcia Reis, ambas do TJ baiano. São investigados possíveis crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de ativos, evasão de divisas, organização criminosa e tráfico de influência.